Apropriando-se da linguagem do humor, o ABC do Dó Ré Mi costura música e teatro para apresentar as diversas famílias dos instrumentos e a formação de uma orquestra. Instrumentos de brinquedo são incorporados à cena. Canções conhecidas do público infantil são apresentadas, como os temas musicais do game Mario Bros, dos desenhos A Pantera Cor-de-Rosa e Pica Pau, da animação Frozen, além de Marcha Soldado e Cai, Cai, Balão. Os músicos também executam a peça Suíte dos Comediantes, escrita em 1940 pelo compositor russo Dmitry Kabalevsky.
A série didática ABC do Dó Ré Mi ocorre uma vez por mês, num total de 16 sessões a 5.940 alunos, sempre no Teatro Municipal Erotídes de Campos, no Engenho Central. A primeira apresentação após as férias escolares reúne 760 estudantes dos bairros Kobayat Libano, Pauliceia, Parque Residencial Monte Rey e Caxambu, que acompanham os showcertos na sexta-feira, 19, às 9h e às 10h. Já o Música nas Escolas tem 42 apresentações, num total de 1.470 crianças. Em agosto, as apresentações serão entre os dias 24 e 26 nas escolas municipais dos bairros Vila Sônia, Boa Esperança e Piracicamirim.
O roteiro foi elaborado pelas coordenações de educação infantil e de ensino fundamental da Secretaria de Educação. “É um investimento na formação. As apresentações são lúdicas, divertem e ensinam ao mesmo tempo. Para muitas crianças, é a primeira ida a uma casa de espetáculos e o primeiro contato com a música clássica. É uma experiência de vida que nunca se esquecerão”, diz a secretária de Educação, Angela Jorge Corrêa. “O importante é que, ao observar uma orquestra, as crianças recebem valores como trabalho em equipe, atribuições individuais, disciplina e responsabilidade. A sensação, ao ver o brilho nos olhos e as reações de cada criança, é de encantamento”, completa a secretária.
A concepção dos projetos é do maestro Jamil Maluf, diretor artístico e regente titular da OSP. Ele promoveu uma série de espetáculos didáticos no Theatro Municipal de São Paulo, de 1980 a 2013. Na opinião do maestro, é uma das formas de a Orquestra contribuir com a formação de plateia especializada em cultura. “A música permite interpretar o mundo de várias maneiras. Desperta a emoção, faz refletir, aguça a curiosidade e traz novas ideias. Assim, a Sinfônica de Piracicaba contribui com a formação cultural, assegura a difusão e a valorização cultural. É um investimento no futuro, mas é também no presente”, explica.
De formato intimista, o projeto Música nas Escolas leva quartetos de cordas, madeiras e metais para a sala de aula. As escolas municipais visitadas estão localizadas em bairros mais distantes da área central da cidade. Cada unidade recebe duas aulas, com 35 alunos por turma. O projeto-piloto nasceu no segundo semestre de 2015, com 560 crianças, e se expandiu este ano, para uma plateia três vezes maior.
As aulas do Música nas Escolas duram aproximadamente 50 minutos e começam com uma breve explanação sobre a história dos instrumentos. Cada músico da OSP apresenta seu instrumento de forma prática e explica o que é preciso para tocar, as horas de estudos e como funciona a carreira de um instrumentista. As explanações são intercaladas por músicas clássicas conhecidas, além de temas de filmes ou desenhos e canções célebres.
Teaser projeto ABC do Dó Ré Mi - Orquestra Sinfônica de Piracicaba
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