terça-feira, 26 de abril de 2016

SOTAQUE PIRACICABANO PODE VIRAR PATRIMÔNIO IMATERIAL DE PIRACICABA


O sotaque piracicabano, puxando bastante o "erre", pode se tornar patrimônio imaterial de Piracicaba. A justificativa é de que o modo de falar caracteriza o morador de Piracicaba desde o século 18 e se tornou marca da identidade cultural da população.

Associações da "terra da pamonha" entrou com pedido no Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac) para que o falar "caipiracicabano" seja registrado como patrimônio do município.

O pedido foi protocolado no último dia 15, assinado por representantes de instituições como o Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba (IHGP), Academia Piracicabana de Letras (APL), Associação Piracicabana e Artistas Plásticos (Apap) e Instituto Cecílio Elias Netto (Icen). De acordo com o presidente do Codepac, Mauro Rontani, uma comissão formada por quatro conselheiros, entre eles historiadores e museólogos, deve elaborar em 20 dias um relatório com pareceres sobre o pedido.

O assunto será objeto de deliberação na próxima reunião do conselho, dia 13 de maio. Segundo Rontani, o relatório será submetido à votação e os conselheiros devem definir se o "caipiracicabano" pode se tornar patrimônio cultural como registro imaterial. Ele mesmo acredita que a forma de falar já se tornou uma marca de Piracicaba. Após a conclusão do processo municipal, pode ser encaminhado um pedido de reconhecimento às instâncias estadual e federal. "O caipiracicabano é extremamente enraizado, o 'erre' puxado remete à cidade e seu uso independe da posição social ou nível educacional", afirmou.

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