FELIZ "DIA DOS PAIS"
Aos homens que tem seus filhos para amar, cuidar, ensinar, orientar.
Mas, ainda há os que não conseguiram realizar o sonho da paternidade. Procuram alternativas, tratamentos, muitas vezes frustrados.
Quando não desistem e continuam a ter esperança, pode haver algo que mude sua história e o sonho se realize.
Sonho de ser pai é realizado após 20 anos
Foto/Fábio Lopes Fotografia
Após quase 20 anos de tentativas, e inúmeros tratamentos, o microempresário Genilson Arthur Emiliano, 43, comemora pelo quarto ano o Dia dos Pais ao lado do filho, Henrique Arthur Emiliano, com planos de que ele tenha irmãos.
“Ser pai tem sido uma alegria imensa; nosso filho é um menino carinhoso e só agradeço a Deus pelo presente que nos deu”, afirma. “Sinto-me realizado, muito feliz, já que em alguns momentos da minha vida tinha me dado por vencido, achei que nunca conseguiria realizar este sonho”, desabafa.
A saga de Genilson começou em 1997, no primeiro casamento. “Fiz diversos exames e em 2001 passei por uma cirurgia, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), sem resultados”, relata. Em 2004, quando começou a trabalhar na Delphi e teve plano de saúde, procurou outro urologista. “Depois de vários exames, ele disse que meu caso não tinha solução. Só se eu adotasse um filho”, conta. Após várias tentativas sem sucesso, veio a separação.
Quando conheceu a atual esposa Ana Carolina, 34, explicou sua impossibilidade de ter filhos. “Com o tempo, ela começou a me incentivar a buscar ajuda. Procuramos um urologista e ele constatou que não tinha jeito”, diz.
“Mas ela não ficou convencida, começou a pesquisar na internet e encontrou casos semelhantes”, relata. Para buscar novas opiniões médicas, Genilson fez um convênio e passou por consulta com o urologista Gustavo Borges, da equipe do Centro de Reprodução Humana de Piracicaba (instalado no 5º andar do Hospital Santa Isabel, graças a uma parceria com a Santa Casa de Piracicaba). O médico fechou o diagnóstico: o paciente havia nascido sem os canais deferentes. Por exames complementares, foi constatado que havia espermatozoides nos testículos.
Uma nova chance surgiu na vida do casal, que decidiu, em 2014, iniciar o tratamento para Fertilização in Vitro. O sucesso não veio na primeira vez, em janeiro de 2015. Dois meses depois, eles tentaram novamente. Em dezembro, nasceu Henrique.
“Agradeço todos os dias à Ana Carolina pela persistência, que me ajudou a não desistir”, desabafa Genilson. Aos homens que passam por experiências semelhantes, ele deixa um recado: “Hoje, com o avanço da medicina, não existem casos impossíveis. Não fique com a primeira palavra de um profissional, pesquise, procure vários urologistas. Não existe caso perdido”.
PROBLEMA RARO
O urologista Gustavo Borges, da equipe do Centro de Reprodução Humana de Piracicaba, informa que a agenesia dos canais deferentes, como a de Genilson, é um problema raro e o diagnóstico é feito por exame clínico. Nestes casos, faz toda a diferença a busca por um especialista em reprodução humana. “Casos como este geralmente chegam ao nosso consultório com o diagnóstico fechado de que o paciente não pode ter filhos, o que não é real”, declara Borges.
“Apesar do paciente não ter o canal que transporta os espermatozoides, a produção nos testículos dele é muito boa, o que garantiu o sucesso do tratamento”, relata. A coleta foi feita por um procedimento chamado punção do epidídimo, no qual os espermatozoides são aspirados por meio de agulha. Em seguida, o casal fez fertilização in vitro e congelou embriões para tentativas posteriores.
Para os homens que têm diagnóstico fechado e sonham em ser pais, o urologista deixa uma esperança: “O avanço das técnicas de reprodução assistida permite uma série de alternativas para pacientes considerados inférteis. No caso de Genilson, por exemplo, se ele desejar, pode vir a ter outros filhos”.
“Apesar do paciente não ter o canal que transporta os espermatozoides, a produção nos testículos dele é muito boa, o que garantiu o sucesso do tratamento”, relata. A coleta foi feita por um procedimento chamado punção do epidídimo, no qual os espermatozoides são aspirados por meio de agulha. Em seguida, o casal fez fertilização in vitro e congelou embriões para tentativas posteriores.
Para os homens que têm diagnóstico fechado e sonham em ser pais, o urologista deixa uma esperança: “O avanço das técnicas de reprodução assistida permite uma série de alternativas para pacientes considerados inférteis. No caso de Genilson, por exemplo, se ele desejar, pode vir a ter outros filhos”.
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