sexta-feira, 24 de agosto de 2018

98 ANOS DA DEDINI EM PIRACICABA

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Dedini chega aos 98 anos com todas as operações concentradas em Piracicaba

A Dedini Indústrias de Base comemora nesta quinta-feira, dia 23 de agosto, 98 anos de fundação, com uma nova configuração: a concentração de todas as operações e áreas de negócios em Piracicaba. A medida foi uma forma de reduzir custos e aumentar eficiência, mas deve trazer impactos importantes para a economia de Piracicaba e da microrregião.

“A nova configuração projeta um cenário promissor para a economia de Piracicaba, uma vez que vai exigir contratações, gerar emprego e renda”, avalia o superintendente Administrativo e Financeiro da empresa, Airton Zorzenoni.

Essa projeção começa a ganhar corpo. As encomendas que estão chegando, do Brasil e exterior, são um estímulo para a empresa, que, no começo de 2017, teve homologado seu processo de recuperação judicial. As medidas adotadas e a capacidade tecnológica e fabril, juntamente com um trabalho de reengenharia, têm auxiliado no saneamento da saúde financeira da empresa, de acordo com o superintendente.

Um dos setores que ganhou reforço com a concentração das operações em Piracicaba foi o de cogeração de energia, um dos carros-chefes da Dedini, responsável pela construção de mais de 1.500 caldeiras desde 1940.

No projeto de retomada da posição de liderança no mercado sucroenergético, a Dedini tem outros trunfos. Um deles é a sua USD (Usina Sustentável Dedini), preparada para atender o RenovaBio, nome da Política Nacional de Biocombustíveis.

A USD utiliza a mínima quantidade de matérias-primas e insumos, para obter o máximo de produtos, produzindo um etanol com maior poder de mitigação de gás de efeito estufa do que o produzido em usinas tradicionais, gerando maior quantia de CBIOs, os Créditos de Descarbonização por Biocombustíveis, um ativo financeiro introduzido pelo RenovaBio.

Um outro motor de retomada para a empresa é a RGD (Reposição Garantida Dedini). Criada em 1982 para atender de forma personalizada o mercado sucroenergético, trabalha com o fornecimento de peças e componentes de reposição, serviços de reformas, otimizações, assistência técnica e “upgrade” nos equipamentos instalados, incorporando a eles novas tecnologias. Na RGD são feitos desde uma arruela de poucas gramas, um eixo montado de 60 toneladas até uma usina completa, chave em mãos.

A empresa conquista este ano 60% do atendimento em RGD no Brasil. Responde por 8% do mercado mundial no segmento e, projeta, até 2020, atender 12% desse mercado de reposição nos cinco continentes.

“Estamos focados no projeto de retomada do crescimento e da posição de liderança no mercado sucroenergético, de consolidarmos nosso papel como a indústria forte que o Brasil precisa”, diz em nota a empresa.

HISTÓRIA - Desde a sua fundação, a pequena oficina de consertos e reparos de peças para usinas e engenhos de açúcar, montada em 1920 pelo imigrante italiano Mario Dedini, enfrentou várias fases. Em 1929, apesar da crise, deu um salto para se tornar um complexo mecânico metalúrgico voltado para equipamentos e manutenção das novas usinas. Não parou mais.

Totalmente nacional, líder em tecnologia para o setor, a Dedini é a maior empresa de bens de capital do Brasil, com área de fabricação de mais de 1.000.000 de m². É a única no país preparada para entregar a chamada “Usina chave em mãos”, uma usina completa, que incorpora conceitos de tecnologia de eficiência energética.

Fabrica e fornece equipamentos que permitem a produção de 80% do etanol produzido no Brasil e 32% do etanol produzido no mundo.

Atua nos segmentos de açúcar, alimentos, sucos e bebidas, biodiesel, celulose e papel, cervejarias, cogeração de vapor e energia, fertilizantes, hidrogeração, cimento, mineração e metalurgia, óleo, gás e petroquímica, siderurgia e tratamento de efluentes.


Crédito das fotos: Alessandro Maschio

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